Você já ouviu falar de Fome Emocional?
A fome emocional não é saciada com a alimento. Em momentos de estresse, falta de atividade física e privação de sono essa situação pode nos acometer. Normalmente há uma sensação de bem-estar no momento da refeição, porém, muitas vezes os sentimentos e impulsos que nos levaram a comer irão persistir pelo fato da comida não ter solucionado a questão. Como agravante, podemos nos sentir pior por termos comido algo que realmente não nos faz bem, como alimentos industrializados com alto teor de açúcar, gordura e sódio, gerando um sentimento de culpa e impotência, podendo levar a transtornos mais graves e à obesidade.
Para entender esse processo é importante saber que (de forma simplificada), temos duas vias que podem modular nossa fome: A Via Homeostática e a Via Hedônica. ⠀⠀⠀
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– A primeira é a via que controla nosso balanço energético, evita a depleção das nossas reservas, preconizando o equilíbrio nutricional e a manutenção das nossas funções por meio da fome, modulada principalmente por alimentos in natura, amargos como vegetais no geral e chás. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
– A segunda é mobilizada pela alimentação desbalanceada, com alta frequência de alimentos ultraprocessados, açúcares e outros aditivos. É a via que está mais ativa na fome emocional, ela nos leva a comer alimentos mais açucarados, com alta palatabilidade e com elevada concentração calórica, gerando excesso de peso e disfunção na resposta da saciedade, não sinalizando que estamos saciados.
Temos várias ferramentas de auxílio? Claro! Dentro do papel de nutricionista podemos incentivar que o paciente insira alimentos mais amargos na sua alimentação, sem a neura de ter que cortar tudo que ele gosta de comer. Dessa forma, os alimentos in natura poderão aos poucos tomar lugar para a construção de uma alimentação mais saudável. Assim, evitamos que transtornos sejam gerados ou agravados e fomentamos a regulação da saciedade para a retomada do bem-estar global do paciente, regido pela Via homeostática.